Misturada aos recursos naturais, a Serra do Cipó abriga uma variedade de atrativos sócio culturais que ilustram o estilo de vida de gerações que ali viveram. Caminho da Estrada Real, você encontra na Serra do Cipó a Trilha dos Escravos e a Fazenda Cipó Velho. O charme inconfundível da Venda do Zeca e do Alambique do Seu João. A bela homenagem a um andarilho, vendedor de flores que vivia na Serra do Cipó e foi homenageado através da Estátua do Juquinha.
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Localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro da Pedreira, em uma região conhecida como Alto Palácio, a Estátua do Juquinha foi construída num local privilegiado, de onde se tem uma interessante visão das montanhas da região. Com três metros de altura, a estátua foi construída pela artista plástica Virgínia Ferreira em homenagem ao lendário Juquinha, andarilho que percorria a região da Serra do Cipó vendendo ou trocando as suas flores e plantas colhidas por qualquer coisa que os visitantes traziam: de pequenos utensílios até um prato de comida.
A Trilha dos Escravos é um atrativo que leva ao topo da Cachoeira Véu da Noiva e sua respectiva nascente, denominada de Mãe D'água. Sua construção, como o próprio nome diz, foi feita pelos escravos para auxiliar o transporte das riquezas minerais adquiridas na Serra do Espinhaço, durante o ciclo do ouro e diamante do século XVIII. A trilha tem aproximadamente 4 metros de largura e 600 metros de comprimento. O caminho é íngreme, com pedras úmidas e cercadas por uma vegetação de cerrado, de onde se tem uma vista do Morro da Pedreira e da região de Cardeal Mota.
Construção do século XVIII, a fazenda foi uma antiga hospedaria de tropeiros da Estrada Real, importantíssima na época do Brasil Colonial. Existe no local uma capela do ano de 1829, onde, até hoje, se celebra missas, novenas, batismos e crismas, com importante pintura no teto do renomado pintor de época Benedito Santeiro. A fazenda dispõe, ainda, do Museu Espaço Inhá Rita, com curiosidades e antiguidades da época, encontrados na própria fazenda, além do Moinho D´água em atividade, usado para moer o milho na fabricação de fubá; da pinguela sobre o Rio Cipó, antiga passagem dos tropeiros, hoje utilizada pela comunidade local para atravessar o rio e, é claro, o antigo e belo casarão e sua curiosa cozinha de 300 anos e seu sistema de serpentina, usado para aquecer a água do banho.
Localizado no distrito de Cardeal Mota, é uma venda típica do interior de Minas, daquelas bem ao modo antigo, que existe lá desde 1910 em formato original, onde ainda se encontra coisas da roça e da região, que vai de doces como a goiabada cascão e o doce de leite, até café, alho, cebola e os tradicionais rapés e fumo de rolo vendido a metro.
Ponte de pedra, construída pelos escravos, tem o formato de arco e está localizada próxima à Fazenda Cipó.
Alambique centenário ainda em atividade, onde se fabrica, de forma artesanal, a melhor cachaça da região. A roda d´água de mais de 150 anos está em pleno funcionamento na fazenda e é usada para moer a cana de açúcar, principal matéria-prima da cachaça. A garrafa da bebida é revestida de folha de bananeira e é vendida na região.